Testemunho

Abril 29, 2012

Joana, voluntaria, comunica a sua experiência de visita a Ilova, uma Comunidade, da zona rural, que pertence à Paroquia de Santos Anjos de Coalane, perto de Inhassunge –  MOÇAMBIQUE

Já o sol despontava quando iniciámos a nossa caminhada até Ilova, comunidade que pertence a Quelimane e se situa perto de Inhassunge. O grupo era constituído pela equipa de coordenação da catequese da paróquia dos Santos Anjos do Coalane representada pela Irmã Blandina, Sr. Macaco, D.Nivalda, Sr. Orlando e o Sr. Nyangacera. Com entusiasmo jovial juntaram-se a este grupo a mana Ângela, a mana Saquina e a voluntária Joana. Esta equipa tem a tarefa de levar até às comunidades distantes e isoladas uma lufada de entusiasmo, de motivação e de orientação, para que a catequese produza um novo olhar e um novo agir da fé cristã.

No caminho para a ilha de Ilova encontramos frágeis pontes que nos convidam a reflectir nas nossas fraquezas e de como nos deixamos levar, facilmente, pela corrente do desânimo. Repleto de planícies onde as mulheres deixam as suas forças e o suor nas plantações de arroz, ajudou-nos a reflectir sobre o sentido da vida. Os mangais verdes e as palmeiras espelham-nos a esperança de um novo mundo, mais justo e equitativo. A canoa que nos ajuda a atravessar o rio indica-nos os rumos que devemos seguir mesmo nas lutas que estabelecemos nas correntes da vida.

Próximo da comunidade esperavam-nos um grupo de crianças de vozes angelicais que nos davam as boas vindas. Entre cumprimentos e sorrisos, a alegria sentia-se naquela comunidade, que infelizmente não tem um padre. Depois das apresentações chega a hora da celebração da palavra. A bonita cerimónia foi falada e cantada em Chuabo. Após a leitura do Evangelho, Mt 22,15-25 ” Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” a Irmã Blandina e o Sr. Nyangacera explicaram o sentido dessa parábola.
Depois a equipa de coordenação juntou-se com os catequistas e iniciaram a reunião.

Por fim, reunimo-nos para o almoço para recarregarmos as energias para a caminhada até Quelimane. Assim passamos o dia envolvidos por alegria, num despertar para a fé na partilha da Palavra de Deus.

Joana Vieira – voluntária em Moçambique