PARTICIPAÇÃO DA IR. ESTER LUCAS NO LANÇAMENTO DO LIVRO KULUNGWANA

Abril 29, 2012


Presidente da CONFEREMO

Kulungwana e alarido da vitória, alegria, é a maior expressão de júbilo e exultação. Kulungwana é o título sugestivo que narra as histórias de mulheres que souberam viver de modo a vencer os mais diversos obstáculos e dificuldades para terminar entoando um vigoroso kulungwana.

Na verdade, na tradição africana, cabe às mulheres deixar imergir do mais profundo da alma o kulungwana. É á mulher que pertence este canto, este hino de júbilo e de gratidão à vida, que pulsa, que teima em surgir no meio dos mais contraditório riso, eventos que tecem a existência humana.

Sim, é a mulher que entoa o alarido do reconhecimento e da alegria, alarido que anuncia mais uma vez a vitória da vida porque é ela a protectora da vida, aquela que aconchega a vida em todas as suas etapas

É justo que este seja o titulo das vinte historias femininas, narrativas de tramas da vida feminina, imagens verídicas de mulheres que todos os dias são chamadas a tornar realidade o sonho de Deus ao criar a mulher: mãe de todos os viventes.

Contudo, as glorias, as vitorias são entremeadas de lágrimas, medos incertezas que tomam o kulungwana ainda mais doce e significativo.
Não se trata de um livro comum. Não se trata de uma historiografia, de uma biografia, uma colectânea de poesia e coloração feminina, é a resenha de vidas de conteúdo, vidas que ganharam consistência, vidas dignas de serem retratadas, de serem partilhadas, vidas que inspiram e deixam um raio de luz numa sociedade saturada de más noticias.

Graças ao empenho de mulheres que optaram por animar e entusiasmar outras mulheres, é possível hoje celebrar o sonho tornado realidade, a vitoria da vida, a promoção da dignidade muitas vezes negadas a autonomia quase impossível, a auto estima acrescida o ideal tornado possível porque mulheres acreditaram em outras mulheres. As irmãs Missionarias Dominicanas do Rosário ousaram acreditar que era possível marcar a diferença na vida das mulheres que elas cruzavam todos os dias, era possível um outro mundo onde os sonhos femininos de mais vida, mais amor se tornaram simplesmente realidade visível, audível como um alarido ardente, vidas que se tornam kulungwana.
Bem-haja Deus abençoe o vosso labor