LEA – Resumo do encontro Nº. 62

Março 31, 2022

No dia 12 de março do ano em curso, teve lugar, na Casa de Nossa Senhora das Dores, do Santuário de Fátima, o 62º Encontro do GRUPO LEIGOS EM ASCENSÃO – LEA. Por ser num local diferente daquele, onde, habitualmente, temos tido os Encontros, houve pessoas que tiveram dificuldade em chegar lá, mas chegaram!…

Presencialmente participaram: Fátima, Lena, Xana, Luís e o Henrique, Ana Palmar, Alexandra, Ana Margarida, Arminda e Ir. Deolinda. Via Zoom, a Daniela (o Pedro), a Rita (a Camila) e o Sílvio que deu uma simpática espreitadela. Alguns, como o Edgar, marcaram presença, enviando uma mensagem. Também se partilharam as razões que, para alguns dos membros, tinham impedido de estar presentes.

Depois do acolhimento, das saudações e da partilha de notícias, que é sempre um momento bonito e muito agradável, deu-se início ao Encontro, começando-se com a oração, que teve duas vertentes: No primeiro momento e depois de vários comentários sobre a terrível situação da guerra na Ucrânia, partilharam-se várias iniciativas, bem interessantes de solidariedade, que estão a acontecer, a favor desse povo que tanto sofre. A Fátima, por exemplo, partilhou o que tem sido feito a nível das Escolas da Zona onde, presentemente, ela está a leccionar. Terminou-se com uma súplica a Maria, a SENHORA DA PAZ.

A 2ª parte da oração centrou-se no facto de neste ano, em Fevereiro, o Grupo ter celebrado os 18 anos da sua origem e, por isso, ter atingido a sua maioridade. Refletiu-se e partilharam-se, por isso, as características e valores que indicam a maturidade humana duma pessoa e dum Grupo, tendo-se destacado entre outros os seguintes aspectos: a busca da verdade e prudência, capacidade de pensar, de decidir, de tomar opções, sentido crítico, coerência, fidelidade; capacidade de análise, de visão analítica e de conjunto; sabe aconselhar, tem sentimentos humanos, equilibrados e maduros, e tem autoridade. De seguida olhamos para a pessoa de Jesus e referimos algumas das muitas passagens evangélicas, que nos dizem claramente que Jesus era, sem dúvida, uma pessoa totalmente adulta, madura.

Abordou-se a seguir o Tema da SINODALIDADE, para sabermos o que cada um/a sabe e como estão, ou não, envolvidos nesta proposta feita pelo Papa Francisco a toda a Igreja e a todo o Mundo. Quem mais se destacou neste campo foi a Lena, que integra um Grupo responsável por esta acção da sua Paróquia, mas sobretudo a Xana que não só está muitíssima envolvida neste projecto, que tem ideias e acções muito interessantes, criativas e muito amplas. É verdade que a adesão nem sempre é a esperada e a desejada, mas não há dúvida que valeu muito a pena a sua partilha. Embora a Xana, já tenha partilhado no nosso Grupo do Whatsapp algumas dessas iniciativas, era bom que nos mandasse, por e-mail, – penso ser mais fácil ver-se – o material que foram elaborando e as iniciativas que se foram realizando, pois será proveitoso para todos nós.

Ainda neste Capítulo sobre a SINODALIDADE, a Ir. Deolinda fez a proposta de ser enviado, via E-mail e via Whatsapp um Questionário adaptado dum outro, elaborado pelos Dominicanos do Convento de S. Domingos, de Lisboa e um Grupo de Leigos que se reúne lá para estudar o Tema. Depois de respondido por nós, membros do grupo, e depois de se fazer a síntese das respostas, poder-se-á fazer uma reflexão e debate entre os membros do nosso Grupo.  A sugestão foi aceite.

Depois deste trabalho intenso, bem interessante e participado, houve um tempo para se ir saudar Nossa Senhora, ao que se seguiu o almoço.

A Tarde, iniciou-se com a partilha de conversas /histórias que ajudaram, de algum modo, a despertar do sono, para se entrar, em cheio, no tema central do Encontro: “ACHAS QUE HÁ RAZÕES PARA O GRUPO CONTINUAR, OU NÃO? Seguiu-se um momento muito interessante, onde todos falaram e em que estiveram bem expressos e palpáveis os valores atrás descritos, como características duma Pessoa e de um Grupo maduro e adulto. Olhando o passado, fez-se o percurso histórico do Grupo, as razões que lhe deram origem e recordaram-se, com muito agrado, alguns dos períodos e acções mais relevantes, como os Retiros, a ida a Caleruega, a Monsanto,  Baião, “Lugar dos Afetos”, a Santo André,…alguns Encontros que marcaram mais, o sentido de Família e amizade que caracteriza o Grupo, a facilidade com que os membros que trabalhavam no Flori se podiam encontrar, de pensar e concretizar actividades e projectos, como foi a elaboração do Livro Flori;  os Temas de estudo e reflexão, frequentemente orientados por pessoas especializadas na respectiva área a abordar, o facto dos Encontros serem quase sempre nas comunidades das Irmãs, o que ajudava a manter a relação com as mesmas… Analisaram-se, de igual modo algumas “fraquezas” que contribuiram para o seu enfraquecimento, tais como: o passar-se a fazer os Encontros mais em Fátima, por ser mais central e mais fácil para todos; a saída e entrada de muitos membros, mas, ultimamente. não haver “sangue novo”; a dificuldade que existe, devido ao número reduzido de membros em cada zona, que não torna fácil fazer reuniões e projetos por sectores geográficos; a pandemia; a falta de integração e de compromisso dos membros em actividades abertas noutros Grupos, como a Família Dominicana, mas não só…

Depois de feita esta boa análise, pôs-se a pergunta: continuamos ou não como Grupo? A resposta foi unânime: SIM, queremos e devemos continuar, mas vamos redefinir o Plano/Projeto, revendo objectivos, organização, coordenação, dinâmica, e ações do mesmo. Decidiu-se, ainda, que este trabalho pode ser feito via whatsapp ou e-mail, de modo a se ir recolhendo já as achegas, propostas e sugestões, de modo a que no próximo Encontro presencial, que ficou marcado para o dia 9 de Julho, em Fátima, se possa, o mais possível, elaborar, definir e concretizar o referido Plano.

Acabou-se cedo o Encontro, não só porque foi bastante intenso, mas muito produtivo e bom, -repito -, mas porque havia pessoas do Grupo que necessitavam de participar na Eucaristia vespertina dominical.

Fátima, 12 de março de 2022
Ir. Deolinda Rodrigues