LEA – Resumo do Encontro Nº 59

Fevereiro 14, 2021

No dia 6 de fevereiro, do ano em curso, realizou-se o 59º. Encontro do Grupo LEIGOS EM ASCENSÃO (LEA) que,  infelizmente, devido à pandemia que nos afeta, e ao confinamento a que o País está obrigado, teve que ser, mais uma vez, via Zoom. Como participantes estivemos: a Fátima – a quem mais uma vez muito agradecemos a sua disponibilidade para dispensar e coordenar a parte técnica – o Edgar, a Lena, Daniela e o seu bebé Pedro; Ana Margarida, Cristina, Tó, Ana Palmar (Nicha), Arminda, Laurinha, Fátima Fernandes (2ª vez que participa, o que nos alegra muito), a Família Rita, Sílvio, Aurora, Guiomar e Camila e Ir. Deolinda.

É uma pena não se poder registar bem os sorrisos, a alegria, a expressão festiva, que brilhavam nos nossos olhos, palavras, sorrisos, exclamações, consoante ia entrando cada um/a dos participantes. Foi, sem dúvida, uma excelente forma de narrar o que nos ia na alma: saudades, carinho, amizade, mas, também, cansaço, desejo que a situação melhor e todos nos vejamos livres destes tempos  tão difíceis.

Começamos por cantar os Parabéns ao Edgar que no passado dia 3 deste mês fez 16 anos. Pode-se, facilmente, imaginar como o canto resultou desafinado, destoado, mas, também, cheio de carinho e entusiasmo…

Seguiu-se a oração muito bem preparada, – como é próprio da Rita e do Sílvio – e que foi também lida, em parte, pela Aurora, de 7 anos, que leu muito bem!… Como gostamos muito desta oração, a Rita aceitou que a partilhemos. Vai em nexo.

Entramos, depois no momento mais prolongado do nosso Encontro, que foi a partilha de cada um/a sobre como tem vivido este tempo, o que tem aprendido, como tem rezado, etc.

Há, como é óbvio, dimensões desta partilha que é difícil comunicar, como são os sentimentos, a intensidade, as vivências e experiências vividas, mas que a tornaram muito rica e nos tornaram mais próximos, mais em comunhão, mais Grupo, mais FAMILIA…De entre tudo, tento, atrevo-me, a destacar: o difícil que é passar-se dias sem ver ninguém; o ter estado com o covid, com sintomas fortes e as consequências que ainda se fazem sentir; ter  agora a mãe hospitalizada e apesar dos cuidados dos médicos e atenção dos cuidadores, a dificuldade em contactar e em ter notícias;  o recomeço on line das aulas, na próxima segunda feira, difícil já por si, sobretudo com crianças do 1º ano, e saber que das 24 crianças da Turma, metade não têm meios para poder seguir as aulas; o só sair, há muitos meses, para passear o cão e “este passear o dono”; o cansaço, a frieza de se trabalhar em teletrabalho e a dificuldade em se organizar quando há filhos em casa para acompanhar; as saudades dos colegas; o não poder aproximar-se dos pais, dos avós, para que não sejam infetados; o não poder ir a casa; a experiência dura, muito cansativa e trabalhosa como enfermeira, logo após a acabar o curso, e  que com frequência tem que  prolongar o horário, para substituir colegas transferidos para outros serviços, ou que ficaram doentes ou isolamento profilático; assistir a situações incríveis, como por exemplo, não levar para os cuidados intensivos alguém que está mal e precisava desses cuidados, mas porque vai fazer 80 anos dentro de meses, e a pressão e falta de vagas é tanta, que se dá prioridade a outro doente…

Mas também se partilhou o ter mais tempo para rezar, participar em cursos, retiros, formações pela internet; estar feliz por poder agora ajudar alunos e famílias mais carenciadas; os muitos gestos criativos e atentos de solidariedade; a dedicação gratuita de tantos profissionais de saúde e outros; aprendemos a reconhecer a nossa impotência, fragilidade, a ser mais humildes; partilhou-se a chamada de atenção feita muitas vezes pelo Papa Francisco e pelo Director da OMS, no sentido de se ter a preocupação de que cheguem as vacinas aos Países pobres, não só pelo cuidado para com esses Povos, mas, porque se eles não forem vacinados, a pandemia pode não terminar, devido às mutações que o vírus pode sofrer e, de novo, poderem chegar de novo a todos. Partilhou-se que a afirmação de S. Paulo, “Tudo concorre  -incluindo esta pandemia- para o bem dos que amam a Deus”, pode ajudar-nos muito nesta situação difícil.

Confirmou-se que o Grupo está contente com o sistema de envio de mensagens via whatsapp, sem ser necessário recorrer às mensagens semanais

Finalmente o Grupo foi convidado a conhecer melhor a pessoa e missão de Mons. Ramón Zubieta y Lés, Fundador das Missionárias Dominicanas do Rosário e unir-se às celebrações dos 100 anos da sua morte. Para isso vão ser enviadas algumas propostas de leitura, de visualização, de pesquisa e cada um/a pode escolher a que quiser. O resultado do que forem enviando será publicado no site das Irmãs e num Boletim interno da Congregação que se criou a propósito desta celebração e que se chama “Amor sem limites”

O tempo gratuito concedido pelo Zoom, terminou e a reunião acabou abruptamente. Como havia vontade de se continuar, recorreu-se ao Whatsapp e foram várias as mensagens lindas e calorosas que foram enviadas. A Fátima, por exemplo, dava o conselho de que na próxima vez que nos juntássemos de modo presencial, houvesse um ponto único: “partilhar”…ao que a Rita acrescentou: “…e abraçossss…daqueles demorados…” São mensagens que dizem muito!

Lisboa, 6 de fevereiro de 2021
Ir. Deolinda Rodrigues

ORAÇÃO PPTX