LEA – Memória do encontro nº. 54

Março 19, 2019


No dia 16 de março de 2019 teve lugar em Fátima, no Centro Pastoral Paulo VI – a parte da manhã – e na Casa de Nossa do Carmo – a partir do almoço – o 54º. Encontro do Grupo “Leigos em Ascensão (LEA). “

Correu muito bem a todos os níveis, destacando-se, entre eles, o que se refere ao número de participantes: De manhã fomos 22, incluindo as 3 crianças, que também fazem, sem dúvida, parte. De tarde fomos 19, porque 3 pessoas (Irmãs Mafalda, Isabel Sanches e a Ana Ferreirim) foram participar na Reunião da Pastoral Juvenil Dominicana. Além das três pessoas presentes referidas, estiveram: Fernando e Amélia; Xana, Luís e Henrique; Rita, Sílvio, Aurora e Guiomar; Lena e a sua irmã Laurinda; Fátima, Daniela, Tó, Arminda, Helena Vicente, Conceição (Bia); Irmãs Idalina e Deolinda.

 

Após o acolhimento, sempre saboroso, por nos reencontrarmos e feita a apresentação, por haver gente que ia pela primeira vez, fez-se a habitual partilha de notícias, que ajudam a consolidar os laços familiares, pois não há dúvida que o Grupo LEA é já uma Família. Quisemos, ainda, abordar e comentar alguns recentes e importantes acontecimentos da Igreja e do Mundo, que apelam à nossa conversão, reflexão, oração e compromisso. Ex.: o Encontro no Vaticano, para se olhar  de frente para a “Proteção dos Menores”  e procurar caminhos, para que não volte a acontecer  na Igreja o escândalo  da pedofilia. O Encontro do Papa Francisco nos Emirados Árabes Unidos, em pleno coração do Islamismo, e o Documento muito importante, para o diálogo inter-religiosos  que daí saiu. Os ataques de ontem a duas Mesquitas, na Nova Zelândia. A situação incrível das mães  convertidas ao islamismo e  dos seus filhos, crianças doentes, algumas portuguesas, que nasceram durante os combates do Estado Islâmico, na Síria, que desejam regressar aos seus Países, mas estes não os querem receber…

Passamos ao momento da oração da manhã, muito bem preparada pela Fátima, que se serviu duma oração da Madre Teresa de Calcutá e pediu-nos que a tornássemos nossa, completando cada um de nós, uma frase dessa oração. Uma vez recolhidas as nossas respostas e colocadas numa cartolina, deu não só  para compararmos as duas, mas também para as rezar.

Entramos no tema que nos propusemos aprofundar- a EUCARISTIA – e começamos por ler um pequeno, mas interessante artigo, que foi publicado no  Expresso e que tinha como objetivo provar que a Missa é um lugar excelente para educar as crianças, pois habitua-as ao silêncio, aprendem a estar num espaço limitado e fá-las perceber que elas não são o centro do  mundo, pois na Missa o centro é a celebração, a comunidade, os gestos simbólicos que as leva a ir descobrindo o seu significado…

Ainda de manhã  deu para refletimos , partilharmos e aprofundarmos sobre o significado dos primeiros passos da Missa: o Sinal da Cruz (sinal de identidade do cristão); o Momento Penitencial (concluímos que de facto temos necessidade de pedir perdão, pois somos pecadores, limitados, que “magoamos” a Deus e nos magoamos uns aos outros e que sem o perdão não estamos em condições de celebrar a Eucaristia); o Glória – nos dias em que se reza e/ou canta – ( que surge como um grito espontâneo do coração que se sente liberto, agradecido e feliz, por ter sido perdoado); a Oração ou  Coleta e a importância do pequenino momento de silêncio que a deve anteceder.

Um excelente bolo de nozes e maçã feito pela Laurinda (irmã da Lena) coroou o nosso almoço: Um grande Obrigado.

Da parte da tarde o Tó introduziu o momento eucarístico relativo à leitura da Palavra de Deus e da Homilia. Foi ótimo o tema ter originado um vivo e interessante debate, dada a hora pouco propícia para qualquer reflexão.

A pouca vivacidade das celebrações, o envelhecimento;  a fuga da Igreja de um grande número de pessoas,  sobretudo de jovens; a falta de sacerdotes que tenham um verdadeiro dom para falar, para saber ser párocos, ou para ser um testemunho convincente; os escândalos, etc., etc., foram algumas das causas do referido e vivo debate. Alguns dos presentes partilharam a enorme dificuldade e preocupação que têm, em não ter perto uma Paróquia ou comunidade cristã, onde se sintam bem para viver e celebrar a sua fé. Dado que há, sempre, alguma tendência para se “culpabilizar” em primeiro lugar os sacerdotes e dado que estávamos a cair um pouco na tentação de vermos só o negativo, tentou-se refletir também na responsabilidade e obrigação de todos os cristãos se empenharem para que a realidade mude e para vermos também o positivo que há, sobretudo nalgumas zonas, onde há grupos de cristãos, concretamente de Jovens, a crescer duma maneira bem significativa. A “Missão País”, entre outros, é disso um belo exemplo. Talvez este debate, necessário e interessante, tenha deixado pouco lugar para se refletir no verdadeiro significado e essencial importância da PALAVRA DE DEUS nas nossas vidas e na vida da Igreja. A PALAVRA e o PÃO eucarístico, – as duas “mesas” da Eucaristia- são, na verdade, o alimento vital para a vida pessoal de qualquer cristão e para qualquer comunidade cristã. Certamente a causa da realidade que lamentamos está, sem dúvida, na falta de escutarmos, acolhermos, meditarmos, anunciarmos e vivermos o que a Palavra de Deus nos propõe, nos indica…

Foi interessante, porque a intensidade com que se viveu  a reflexão da tarde que, nalguns momentos levou a uma certa sensação de crise, de experiências dolorosas, levou a que espontaneamente se quisesse terminar com a conhecida e muito bonita oração das “Pegadas na Areia” que foi rezada e cantada com verdadeira unção espírito de oração.

Por fim o Tó disse-nos como estavam as contas do Grupo – neste momento há 464,50 – e  programou-se o próximo Encontro para o dia 29 de Junho, em Lisboa, na casa da Amélia e do Fernando para conhecermos as  grandes obras que fizeram na sua casa e para celebrarmos o S. Pedro. Oxalá todos possamos ir.

Fátima, 16 de março de 2019