Muito queridas Irmãs
Mais um ano, e o Calendário coloca no nosso caminho a grande celebração da Festa da N.sa Mãe do Rosário, momento privilegiado para rejubilar a nossa vivência diária, desde a contemplação do que foi a vida de Maria.
Entramos no mês de Outubro, mês da Nossa Mãe do Rosário, mês em que celebramos também a «Fundação da N.sa Congregação»; este ano com o apoio da Equipa de Formação Permanente, é motivo para celebrarmos com maior alegria o dia 5 de Outubro, assim como, o dia «Mundial das Missões». São datas que nos devem ajudar a viver com maior dinamismo a nossa Consagração como Missionárias Dominicanas do Rosário, olhar o futuro com esperança e vitalidade.
Como Missionárias, devemos dar maior actualidade à oração do Rosário, este leva-nos a recordar alguns motivos históricos. O primeiro é a urgência de invocar a Deus o dom da paz. O Rosário foi, por diversas vezes proposto pelos diversos dirigentes da Igreja, como oração pela paz. Hoje em dia, em tantas partes do mundo, assistimos a tantas situações de sangue e violência. Descobrir novamente o Rosário significa mergulhar na contemplação do mistério d’Aquele que «é a nossa paz», tendo feito «de dois povos um só, destruindo o muro da inimizade que os separava» (Ef 2, 14). Portanto não se pode recitar o Rosário sem nos sentirmos chamadas a um preciso compromisso de serviço à paz.
Idêntica urgência de empenho e de oração surge de outra realidade crítica da nossa época, a da família, célula da sociedade, cada vez mais ameaçada por forças desagregadoras a nível ideológico e prático, que fazem temer pelo futuro desta instituição fundamental, imprescindível e, consequentemente, pelo destino da sociedade inteira.
A sensibilização do Rosário nas famílias cristãs, no âmbito de uma pastoral mais ampla da família, propõe-se como ajuda eficaz para conter os efeitos devassantes desta crise da nossa época. «Eis a tua mãe! » (Jo 19, 27)
Que a Festa da Nossa Mãe do Rosário nos faça crescer em harmonia e generosidade, dar passos na nossa doação como Maria. Animemo-nos mutuamente a «contagiar esperança e alegria, sinal e testemunho do nosso compromisso missionário para o mundo actual.
Com carinho
Irmã Maria Adelaide Varanda