Muito queridas Irmãs
Aproxima-se o dia 24 de Fevereiro onde todas as irmãs da Congregação e da Província, com profunda alegria vamos celebrar esta festa tão importante e significativa para nós, Missionárias Dominicanas do Rosário.
Como preparação para esta festa temos a reflexão enviada pelo Conselho Geral, preparada com tanto carinho e dedicação pela Irmã Ângela Cabreiro, à qual agradecemos sua partilha e trabalho.
Desde esta perspectiva vamos contemplando a vida de Nossa Madre Fundadora, escolhida por Deus para uma especial e peculiar missão dentro da História da Salvação. A contemplação como uma vida rica em tonalidades abundante de elementos imprevistos alegres, necessários a toda a existência humana.
Entendemos melhor a Madre Ascensão confrontando-a com outras figuras da Bíblia, cuja missão se percebe por cima de pormenores da sua vida concreta, que mostram um Deus cujo «Espírito poisava sobre as águas» do mundo (Gen.1,2).
Como Abraão, como Maria, capazes de perceber, transmitir e mostrar o único e verdadeiro Deus. Sua Palavra de Salvação em cada época nos mostra o empenhamento de libertação do seu povo, e realizar o seu Plano.
Seu ideal era Jesus, o qual seguia pelo caminho do Evangelho. Como mulher, voltava o seu olhar para Maria cuja vida repousava uma e outra vez na oração. Eram pilares que apoiavam fortemente o seu trabalho, onde encontramos repetido nos seus escritos, e nos testemunhos das irmãs.
Madre Ascensão foi compreendendo, como Maria, que sua acção, às vezes insignificante, e outras de maior transcendência, ía-se abrindo ao mundo. Ela já não ia sozinha, tinha que responder pela acção de outras pessoas dispostas a percorrer o mesmo caminho e sair a outros lugares e culturas.
Pela intervenção e compromisso de Maria nos chegou Jesus, a cumprir o Projecto do Pai, a favor do mundo. Pela acção e compromisso de Madre Ascensão temos um caminho, uma Congregação que nos orienta e guia, nos dá espaço para trabalhar pelo Reino de Deus, nos permite unirmo-nos ao grande Projecto de vida que Deus tem para o mundo. Temos o dever de ser eficazes e de abrir caminho, para que outras pessoas se possam comprometer no grande Projecto de Deus.
Madre Ascensão onde quer que se encontrava olhava para a realidade que a rodeava. Hoje todas nós mergulhadas nos acontecimentos dos nossos dias não podemos ficar indiferentes às situações de pobreza que vivem tantas, e tantas famílias. Como viveria, neste momento e contexto, Ascensão Nicol, a sua vocação missionária? Não é fácil encontrar resposta, mas uma certeza nos invade: que a sua paixão por Cristo e pelo Reino e o seu amor pelos que mais sofrem e pelos pobres, levá-la-iam a descobrir a melhor maneira de apoiar e ajudar, os mais necessitado. Para todas e cada uma das Irmãs:
FELIZ DIA DA NOSSA MADRE FUNDADORA
MADRE ASCENSÃO NICOL
Lisboa, 12 de Fevereiro de 2010
Irmã Maria Adelaide Dias Varanda