Experiência partilhada

Setembro 20, 2019

Durante estes dois meses, com as nossas irmãs idosas das comunidades: Barañain, Burriana e León, vivemos momentos ímpares de graça, gozo e de sentido de pertença.

O primeiro aspeto que facilitou a nossa integração foi o acolhimento das irmãs, que nos fez sentir parte das comunidades. Nos marcaram as virtudes, o sentido de pertença e responsabilidade uma pela outra, o testemunho de ser irmãs a atenção e o acompanhamento mútuo.

A oração foi a clave que hemos sentido as irmãs, momentos de silêncio e contemplação, o que se reflete nelas, dando sentido e coerência as suas vidas. Isto nos convidou a seguir fazendo a experiência de encontro com Deus e a relação de maneira profunda com elas.

Nos momentos comunitários (recriação, bailes, jogos e notícias) sentimos partilhar da vida, fazendo uma leitura crítica do que víamos nas notícias. Ao mesmo tempo vez nos convidavam a participar na situação vital das pessoas.

Também nos marcou proximidade das nossas irmãs com as pessoas do povo, da comunidade cristã. Com isto as pessoas sintam o carinho e presença delas.

NOSSA CONTRIBUIÇÃO

No acolhimento, sentimos que a integração é muito importante numa comunidade, porque se isso falha vivemos como estrangeiras em nossa própria casa. Por isso no primeiro dia, as irmãs conscientes desta realidade, nos ensinaram o essencial da casa e desde esta abertura nos sentíamos livres, em participar na vida comunitária.

O sentido de pertença nos ajudou a viver e partilhar a nossa vida entre as irmãs maiores e jovens porque todas temos algo para oferecer. Aprendemos a importância da escuta, interessando-nos pelo que a outra expressa, ainda que repita várias vezes. Isso nos ajudou a cultivar a nossa paciência e a vivê-la diariamente, algo aprendido desde a prática.

No acompanhamento mútuo e a responsabilidade vividos por nossas irmãs, nos ajudaram a tomar a consciência da importância de caminhar juntas e marcar a nossa presença (aqui estou contigo), sem que nos o digamos.

A oração e a contemplação das irmãs nos ajudaram a potenciar mais em nós o gosto de estar com o Mestre e tomar consciência de que o que fazemos encontra o seu sentido n’Ele. Esta vida de oração se transmite na alegria, algo que nos desafia a cultivar mais e a criar o ambiente que nos ajude a viver.

Sentimos que ainda que algumas irmãs não têm forças físicas, estão gozando desta relação íntima com Deus, uma experiência que é fruto de um trabalho feito ao longo das suas vidas.

Nos momentos comunitários, se privilegiava o partilhar as experiências feitas nas missões e na formação. Ainda que estejamos nesta sociedade global, os nossos meios de comunicação social não interferiam nestes momentos de estar juntas.

Foi uma oportunidade de partilhar mutuamente as alegrias do nosso ser missionárias, de na parte aprendemos el gozo de entregar la vida a Deus, por amor aos demais. Nos marcou bastante a unidade que brota da vida espiritual, alimentada diariamente pela Eucaristia.

Esta experiência nos marcou positivamente de tal maneira que mudou as nossas perspetivas e conceção da nossa consagração como missionárias, se é possível nos gostaria de voltar a agradecer as irmãs tudo o que aprendemos com elas. Estamos imensamente gratas às irmãs do Conselho Geral pela iniciativa.

O NOSSO ABRAÇO FRATERNO!

De: Clara e Vanessa; Gilda e Salomé; Ángeles e Rafaela.

“Fazemos bem às pessoas na medida em que as amamos” (Madre Ascensão Nicol).