O Evangelho do XXVIII Domingo, do ano B, faz-nos pensar: Um homem vai a correr ter com Jesus, prostra-se diante d ´Ele e pergunta-lhe: “Bom Mestre, que hei-de fazer para alcançar a vida Eterna?”
De imediato esta descrição parece que nos indica que o Homem tinha fé, vinha cheio de boa vontade e de boas intenções. Continuando a ler o texto, vê-se, ainda, que era um homem honesto e que cumpria bem os mandamentos do Senhor.
Depois é muito bonito o que o texto diz: “Jesus olhou-o com amor e simpatia”. Podemos pensar que esse olhar de Jesus devia ter sido notório, porque se não, Marcos, não o referia.
Mas a expressão sorridente e atenta do homem, muda totalmente, quando Jesus lhe diz: “Falta-te uma coisa: Vai, vende os teus bens, dá o dinheiro aos pobres e depois vem e segue-Me”. Como não gostou da exigência e radicalidade que Jesus lhe propôs, como o caminho para chegar à felicidade plena, foi-se embora triste.
Imaginando o que teria sido depois desse momento, a vida desse homem, só o posso ver e sentir como um homem infeliz, triste, com uma consciência pesada e com tudo o que daí deriva. Faz, ainda pensar, como nalguns casos, o apego aos bens materiais, à carreira profissional, aos sonhos pessoais, se tornam uma verdadeira prisão, um verdadeiro ídolo, que nos tira a liberdade, a felicidade. E para quê esse apego, se isso não nos faz felizes nesta terra, onde temos uma vida tão curta, e impede-nos a felicidade e a alegria plena na vida eterna, que o homem parecia andar á procura?