Foi-nos pedido que escrevêssemos algo para o PARTILHAR, sobre a nossa Comunidade e fazemo-lo com muito gosto, pois a partilha “cheira” sempre a comunhão.
Em Outubro pp., com a vinda da Ir. Juana Mary, tivemos a sorte de passarmos a ser 4 Irmãs, o que é muito bom! Os seus dons pessoais juntaram-se aos dons de cada uma das 3 Irmãs que já constituíamos a Comunidade, tornando-a muito mais rica! A experiência e saber da Ir. Juana é uma enorme mais valia! O facto de ser Conselheira Geral, aproxima-nos, de algum modo, da Congregação! O ciclo da rotatividade para o cumprimento das diversas tarefas da casa e da Comunidade, nota-se bem que é mais alargado, o que é muito bom!…
A Missão a que a Comunidade é chamada é intensa, extensa e exigente e o facto de se viver inserida no Bairro reforça ainda mais esses aspectos. A parte da Pastoral (Catequese, Eucaristia dominical, grupos de reflexão, celebrações várias, dentro e fora do Bairro, visita a doentes e idosos, etc) ocupa-nos e preocupa-nos, sobretudo pelo pouco eco que parece produzir, pelo comportamento, em geral difícil, das crianças da catequese, apesar dos esforços exemplares da maioria dos adultos ligados a esta actividade; pela nítida perca de valores e falta de projecto de vida duma grande maioria das pessoas do Bairro, sobretudo dos Jovens, para o que muito contribui o aumento do tráfego e consumo de droga.
Outra faceta bem visível e expressiva da Missão da Comunidade, é o Centro Social 6 de Maio, que graças à sabedoria, criatividade e dedicação das Irmãs que o fundaram e às que, ao longo de mais de 30 anos nele trabalharam; graças aos Trabalhadores- alguns deles muito bons -, aos inúmeros Voluntários, Estagiários, Amigos, Benfeitores, contribuíram e contribuem para que seja uma Instituição procurada, elogiada, ajudada, referenciada. Claro que isto não nos impede de que no momento actual, nós, Irmãs não estejamos bem preocupadas com o seu futuro, dada a idade avançada de todas nós. A procura de soluções é algo que nos ocupa e preocupa bastante.
Embora a nossa Missão principal seja em função da população dos Bairros e de toda a que nos procura, participamos, ainda noutros Projectos: Pastoral Juvenil da Família Dominicana, Comissão de “Justiça e Paz”, Comissão da “Luta Contra o Tráfego de seres Humanos” – ambas da CIRP -, Grupo de “Leigos em Ascensão”, etc.
A “construção” da Comunidade – que, como nos recordava e muito bem o Fr. Felicisimo OP., no documento que acabamos de estudar a nível da Província, se tem que construir todos os dias com o empenho de todas – é outro enorme desafio que temos, e que nunca termina. Claro que é algo já com muita caminhada, com muita história e com sucessos e insucessos. As manhãs comunitárias das 5ªs feiras, a celebração semanal da Eucaristia e a conversa que se segue com os Padres que vêm celebrar, geralmente muito boa, os Retiros mensais, feitos quase sempre fora, a oração partilhada, etc., são factores fortes e muito importantes que animam e dão consistência a essa construção.
Haveria outras coisas boas e não tão boas para partilhar, mas não se pode abusar…
Com um abraço de todas nós
Comunidade da Venda Nova