A PÁSCOA

Abril 1, 2013

 

Casualmente ao folhear um livro deparei-me com um bonito texto sobre a Páscoa. Pensei “ nada mais adequado para o mês de Abril, mês em que celebramos esta festa tão importante para a Igreja. Gostaria de o partilhar convosco:

«A Páscoa é sempre uma ocasião para reconhecermos que Deus gosta de nós, e gosta de forma séria e comprometida. Só veremos em profundidade as consequências disto mesmo quando o nosso olhar se voltar com ternura para aquilo que somos e com seriedade para aquilo que vamos fazendo connosco em cada dia. É essa a grande mensagem de toda a vida de Cristo, realizada nas atitudes e procedimentos que utilizou, levada ao extremo na morte.

Por isso, o convite que Cristo nos faz em cada dia é que abracemos a nossa história, a própria descoberta daquilo que somos. Pessoas com defeitos e virtudes, com fragilidades e aspectos mais fortes, com heranças e singularidades, e mesmo assim somos únicos e irrepetíveis.

Não são estas realidades que tornam má ou desprovida de sentido a nossa vida, mas sim a forma como as utilizamos e como lidamos com elas. “Tao Te king”, um livro escrito cerca de 500 anos antes de Cristo, fala-nos de forma tão bela desta dura caminhada: “Os raios convergem para o centro da roda, mas é o espaço vazio entre eles que permite o veículo andar. O oleiro modela o barro para fazer um copo, mas é o espaço vazio no centro que faz com que o copo seja útil.

Uma casa é construída de madeira sólida e dura, mas é o espaço vazio dentro dela que nos permite habitá-la.” Um pensador oriental comenta este excerto dizendo “Deus não julgará o copo, mas o que colocamos lá dentro. Não julgará a roda, mas para onde conduzimos a nossa carruagem. Não julgará as paredes da casa, mas a harmonia que colocamos no seu interior.”»

Manuel Augusto