AS HERANÇAS DAS JMJ: Que bom seria que nos inspirassem e dessem muito fruto!

Setembro 30, 2023

Introdução: Sabendo que esta partilha é, necessariamente, redutora, pois é impossível, em poucas linhas, fazer uma síntese de tudo o que se viveu e tudo o que foram as JMJ; sabendo, ainda, que a escolha pelas principais vivências de cada um/a, são pessoais e subjectivas, atrevo-me, mesmo assim, a sintetizar em 5 pontos o que as JMJ representaram para mim.

 

1. O ANTES

  • A criação. a organização e estrutura de Grupos –a nível nacional, diocesano e local – para dinamizar a passagem dos Símbolos pelas Dioceses e para os “Dias das Dioceses”.
  • Foi admirável a capacidade, a imaginação e o compromisso de tantos milhares de pessoas, por este Portugal e mundo fora, para que a visita/passagem dos Símbolos das JMJ convocasse toda a gente: jovens, gente de todas as idades, condição social, bispos, sacerdotes, leigos, crentes e não crentes.
  • Em muitos casos, foi incrível o talento que houve para se criar actividades interessantes e originais, com as quais conseguiram dar um verdadeiro tom de festa, de oração e de compromisso a essa passagem dos Símbolos.
  • O esforço de levar os Símbolos a quem não podia ir acolhê-los, organizando a visita dos mesmos a lugares pouco habituais: escolas, hospitais, cadeias, lares de idosos, tribunais, esquadras, sedes autárquicas, etc.

2. O ACONTECER DAS JMJ

  • Jamais poderei esquecer o ambiente festivo e harmonioso que se viveu por toda a cidade e arredores. Uma verdadeira FESTA feita por jovens de todo mundo, com diversidade de raças, culturas, línguas, trajes e com bandeiras de todas as cores, feitios e tamanhos; todos se entendiam, todos se ajudavam, todos dançavam, todos tentavam falar a língua do outro. Uma gozosa convivência universal, uma verdadeira experiência de PENTECOSTES.
  • Que maravilha de Celebrações, feitas de fé, criatividade, cultura, beleza e arte! Então, a Via-Sacra ficou, para mim, em primeiro lugar. Levavam à oração, ao silêncio – algo que impressionou e tocou muito – à contemplação!
  • Celebrações nem curtas nem compridas! Por vezes quase se sentia pena que terminassem.
  • A beleza do ambiente e paisagem natural onde decorriam as celebrações, como o pôr do Sol, a ponte Vasco da Gama, o Rio…ou, então, as estruturas preparadas para o efeito, como as do  Parque Eduardo VII e o Altar do Campo da Graça…

  • O estilo e conteúdo das pregações do papa Francisco! A alegria que lhe jorrava de todos os poros.     Pregações curtas, profundas, cheias de vida, feitas num ambiente de diálogo, de repetição para se gravarem bem nos nossos corações e nas nossas mentes; mensagens incarnadas e inseridas nas nossas tradições e cultura. A afirmação feita vezes sem conta: “uma igreja para TODOS!TODOS! TODOS!” Ou, “Não tenhais medo”
  • O excelente batalhão de Voluntários, desde os que o foram de longo ou de curto prazo; os Voluntários das paróquias, os muitos outros que não eram inscritos oficialmente, mas eram voluntários na prática; tantos, que causava admiração ver como chegavam em grande número aos mais variados serviços e necessidades.
  • O acolhimento e hospitalidade de tantas Famílias, de Igrejas, de espaços públicos, de casas religiosas, Centros Sociais.…
  • O esforço para se chegar e incluir a todos: deficientes, pessoas concretas, a viver situações difíceis…
  • A dedicação admirável de jornalistas e outros colaboradores dos meios de comunicação social; de  policias, de governantes, trabalhadores das mais variadas áreas…

 

3. O FINAL

  • Penso que no final havia dois/três anseios e desejos muito especiais: 1. Dar GRAÇAS A DEUS e a todos os que trabalharam para que TUDO corresse tão bem. 2- Descansar. 3. Desejar que os JOVENS continuem a ser os grandes dinamizadores e protagonistas da nova etapa que se inicia, para que tudo isto se torne vida e se dinamize.

Ir. Deolinda Rodrigues