A oração do Pai Nosso, única oração que Jesus nos ensinou, é sempre, sem dúvida, e em qualquer momento, uma oração muito especial. Até os contextos evangélicos em que Lucas, ou Mateus a situam, são muito interessantes.
Porém, no que a mim me toca, há dois momentos em que gosto especialmente de o rezar. O primeiro é na Missa. O facto de ser rezado quando Jesus se oferece ao Pai, em cada Eucaristia, mediante as Palavras: “Por Cristo, com Cristo, em Cristo, a Ti, Pai omnipotente, na unidade do Espírito Santo, toda a honra e toda a Glória…”, faz-me sempre olhar, e desejar esse momento último, escatológico, quando a salvação chegar à sua plenitude, quando Cristo se entregar nas Mãos do Pai e Ele for TUDO para Todos. Então aí o Pai Nosso (sobretudo a primeira parte) será já uma realidade. Assim, rezar nesse momento o Pai Nosso, sinto que nos leva a saborear, por antecipação, essa plenitude, esse IDEAL final e, ao mesmo tempo, como ainda estamos na terra e esse PROJETO está ainda tão longe de ser realidade, exige-me compromisso, empenho, para que MOMENTO ÚLTIMO, chegue depressa. Pode aplicar-se a célebre frase cheia de verdade: “Vivemos o Ja´, mas todavia não”!
O outro momento que, para mim, tem um gosto especial rezar o Pai nosso, é quando celebramos o DOM da VIDA, dia dos anos por exemplo!. Que sabor e verdade tão especiais é, nessas ocasiões, sentir que Deus é PAI, O Pai que me criou por Amor! Somente, por amor, pois Ele nem precisa de Mim! Pensou-me, desejou-me, ocupou-se, explicitamente de mim e deu-me, a mim, um Nome, uma Missão, únicas… E depois, saber que o mesmo aconteceu com este, com aquela, com cada um e cada uma, com todos…sinto, sem dúvida, que daqui nasce a grandeza e sentido da Fraternidade universal… OBRIGADO, Jesus, pelo DOM do Pai Nosso