16. MEU DEUS, PORQUÊ O VOSSO PENSAR É TÃO DIFERENTE DO NOSSO?

Agosto 25, 2021

Cheguei a Fátima, para aí passar uns dias, no dia 19 de agosto, dia em que Nossa Senhora apareceu nos Valinhos, e, por isso, decidi ir viver, por lá, essa tarde! E quantas graças dou a Deus, por isso. Fui seguindo a Via-Sacra, não toda, nem de maneira convencional, e até me foi dado viver aspectos diferentes. Ao chegar junto da imagem de Nossa Senhora dos Valinhos, como que me impressionei ao pensar que Maria tinha estado por ali, havia 104 anos!. Havia bastantes Grupitos que paravam, rezavam, permaneciam. Uns já regressavam, outros chegavam. Consoante subi até ao Clavário Húngaro, fui sentindo que toda aquela realidade era um verdadeiro símbolo, uma verdadeira amostra da Humanidade! Uma Humanidade que sofre e naqueles dias havia tanta, desgraça: terramoto no Haiti, seguido duma tempestade; chegada dos Talibãs a Cabul e aquelas multidões em fuga; fogos sem fim… Depois fui junto à Loca onde o Anjo deu a Comunhão aos Pastorinhos! Nesse momento e no meio dum silêncio que dizia mais que todas as palavras, pareceu-me ainda mais, que todo aquele conjunto era uma verdadeira síntese da caminhada cristã: subida, Calvário, sofrimento, mas Jesus caminha connosco (Via-Sacra); Maria está presente; e a Eucaristia, não podia faltar! Mas o que mais ainda me tocou foi a pergunta: porquê Deus escolheu e gosta de lugares como este para se revelar? Lugares de silêncio, afastados, de recônditos inóspitos (agora já não são tanto!), onde praticamente ninguém soube o que de grandioso, de maravilhoso e  extraordinário aí se estava a passar, quando os factos aconteceram? Parecia-me que tinha semelhanças com o modo de nascer de Jesus! Mas porquê, meu Deus, porquê, este Teu gosto?